sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Como Cuba frauda seus dados de mortalidade infantil

Quantas vezes você já ouviu por aí a história de que a baixa taxa de mortalidade infantil atesta a qualidade da saúde pública em Cuba? Incontáveis, né? Pois é, mas vejam só que interessante e revelador o gráfico abaixo, que apresenta dados de mortalidade infantil e abortos espontâneos em uma série de países.




As barras inferiores mostram a taxa de mortalidade no período denominado "Early Neonatal", que vai do dia do nascimento até o sétimo dia de vida da criança. Esse é o período mais perigoso para a vida de uma criança e, assim, as mortes nesse período representam a maior parcela da mortalidade infantil, definida como a morte de crianças no primeiro ano de vida.
Olhando para essas barras, nota-se que Cuba apresenta uma média razoavelmente baixa, menor do que a média da América Latina e próxima de países desenvolvidos, o que ajuda a explicar sua taxa de mortalidade infantil, também, baixa.
Porém, o que se vê nas barras superior é assustador! Essas barras medem a mortalidade a taxa de abortos (espontâneos) em períodos final de gestação, isto é, da 22a. semana até o nascimento, e é possível observar que os números de Cuba são MUITO piores do que qualquer outro país ou região do mundo! Elevados demais até mesmo para os países mais pobres da América Latina.
Como se sabe, os abortos não compõe a chamada Taxa de Mortalidade Infantil (Infant Mortality Rate - IMR), que, por sua vez, compõem o cálculo da expectativa de vida ao nascer, um dos três indicadores que integram o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Só há três atores capazes de não ver o que está acontecendo: um cego; um esquerdista fanático; a sempre imparcial Organização das Nações Unidas (ONU). Cuba está deliberadamente notificando a morte de crianças recém nascidas como aborto! Dessa forma, mantém artificialmente baixa sua Taxa de Mortalidade Infantil, aumenta sua expectativa de vida ao nascer e seu IDH. É a contabilidade criativa de vidas à serviço da propaganda política.
As conclusões são de estudo publicado pelo pesquisador Roberto M. Gonzalez, da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill. Segundo o pesquisador, a taxa de mortalidade infantil real em Cuba pode ser até duas vezes maior do que a divulgada pelo regime.
E nossa esquerda segue acreditando de olhos fechados nessa ditadura. Até quando?


Referências
Gonzalez, R. M. (2015). Infant Mortality in Cuba: Myth and Reality. Cuban Studies 43(1), 19-39. University of Pittsburgh Press. Retrieved December 16, 2016, from Project MUSE database.

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